
EXPOSIÇÃO

por VERGILIO LOPES

| Faixa_fundo musical: I Am OK - Vishmak
Às vezes parece que viver virou doença, por isso invento essa alegoria: declaro que estamos na era da Crise da ausência, condicionados a uma nova patologia social. Sobre não possuir espaço de falta e a necessidade constante do vazio. Uma crise que paralisa por segundos, que não nos permite acessar o íntimo.
O vazio que almejo não é mínimo, é terreno fértil, onde a arte faz morada. É onde eu coloco casas imaginárias que se constroem no ar da mente. Esse vazio da impulso à vontade de viver.
Sem espaço para esse terreno mental
onde colocaremos a arte?
Essa é uma série que apresenta obras de múltiplos formatos que são fragmentos e expressões de minhas subjetividades. Um trabalho construído no decorrer dos últimos 12 anos. Por meio delas, busco elaborar uma narrativa que trata como código: o corpo, a casa, a cor, a virtualidade humana e os espaços de ausência entre uma obra e outra.



"Crise de Ausência
é uma neuropatologia convulsiva (epilepsia), ao qual o artista é acometido. Além de diluir o trauma e o desligar do corpo, Vergilio se inspira nesse contexto para sugerir uma alegoria conceitual, uma reflexão sobre a ausência como um território fértil para a criação, a importância de um “vazio” que não significa escassez, mas sim potência inventiva."


"Tem casas que dançam com o passar do vendaval. Ao se deitar no assoalho é possível ouvir a chuva conversando poéticas sobre as coisas que caem. Panelas, xícaras, água, violão, o corpo.
Tudo é chuva quando cai
e entoam vontades sobre a pele.




















OBRIGADO!
